Mittwoch, Mai 30, 2007

Creep


When you were here before,
Couldn't look you in the eye.
You're just like an angel,
Your skin makes me cry.
You float like a feather,
In a beautiful world
I wish I was special,
You're so fucking special.
*
But I'm a creep, I'm a weirdo.
What the hell am I doing here?
I don't belong here.
*
I don't care if it hurts,
I wanna have control.
I wanna a perfect body,
I wanna a perfect soul.
I want you to notice,
When I'm not around.
You're so fucking special,
I wish I was special.
*
But I'm a creep, I'm a weirdo.
What the hell am I doing here?
I don't belong here
*
She's running out again,
She's running,
She run, run, run, run, run.
*
Whatever makes you happy,
Whatever you want.
You're so fucking special,
I wish I was special,
*
But I'm a creep, I'm a weirdo.
What the hell am I doing here?
I don't belong here,
I don't belong me.

Donnerstag, Mai 10, 2007

Warum warum ist Banane krumm?

Muitas roupas abaixo da superfície pode-se encontrar um ser ainda gelado. E o ser anseia por respostas que devem ter se congelado no vento frio da noite paulistana, pois algumas fogem de chegar, enquanto outras, por não existirem mesmo, ficam só na imaginação, nos castelos construídos aleatoriamente na base fluida do ar. * Se Dani estivesse por perto para me ouvir falar, diria: “não fique assim Lulu; quando eu tinha sua idade eu também era assim”, como se ela fosse uma mulher madura de uns 40 anos e eu uma garota de 14. Mas de qualquer forma Dani tem um jeito materno-psicológico que sempre me faz acreditar no que ela diz, e que me deixa mais tranqüila, pensando que daqui a uns 20 anos eu serei uma mulher equilibrada, resolvida e segura (além de velha, é claro), e não uma solteirona de trinta anos e com compulsão por sapatos, como uma personagem de Sexy and the City. Por enquanto minha compulsão é uma língua que eu não consigo falar e que divide o verbo em duas partes (o título em alemão é só para fingir um progresso, que fica evidentemente desmentido pelo caráter “muito filosófico” da questão – “Por que por que a banana é torta?” [a piada só tem graciosidade em Deutsch, porque a repetição de fonemas recorrentes ressalta a função poética jakobsoniana e blá, blá, blá]). Mas pior que fonemas recorrentes numa língua que “man versteht nicht”, são idéias mais que recorrentes em seu vernáculo, do qual se é capaz de ouvir até as preposições sussurradas atonamente. São idéias fixas, mais absurdas que um Emplastro Brás Cubas, e sem nenhum valor no mundo natural, projetadas, sem saber, diretamente num plano semiótico; um plano que embora creia estar bem arraigado em concretudes, não passa de uma vivência totalmente alheia e impossível de ser externada. E é assim que descobre-se o tino romântico e fatalista, como de alguém (um Manuel Bandeira qualquer) que passa 82 anos acreditando que o próximo segundo será o instante fatal, e se esquece que são as ilusões e os medos que tornam a existência pesada, difícil de ser vivida. Então leia-se um trecho de “José” (Drummond) e finja-se que fui eu quem escreveu: "E agora, José? sua doce palavra, seu instante de febre, sua gula e jejum, sua biblioteca, sua lavra de ouro, seu terno de vidro, sua incoerência, seu ódio - e agora? Com a chave na mão quer abrir a porta, não existe porta; quer morrer no mar, mas o mar secou; quer ir para Minas, Minas não há mais. José, e agora?" E as ilusões permanecem, mantidas por pequenas graciosidades ou temores surgidos ao acaso.