Sobre o fim de um período mental
A Cidade Universitária é realmente bela para quem sabe apreciá-la sob o ângulo correto. Quem entra pelo Portão 1 atravessa uma alameda na qual o céu é visto aos pedaços, devido ao "teto de árvores". Quem convive com ela por um certo tempo acaba percebendo que nela até o clima é diferenciado (mais ameno, fresco e prazeroso) e que a amplitude da visão e do espaço causa rebuliços físicos e mentais, principalmente no início (embora seja, de uma maneira geral, uma sensação que não se apaga). Quando você dirige por suas avenidas, que na verdade são ruas muito largas com canteiros centrais com árvores enormes, sente a liberdade contida no "à parte", pois afinal é disso que se trata, do à parte espacial e do à parte mental, que a tornam a "terra da fantasia", como costumava dizer um professor de Língua Latina cujo nome não me lembro mais. É como se você estivesse em uma saga tolkieniana, a caminho de Lothlórie...