"É preciso ter um caos dentro de si para dar à luz uma estrela bailarina" - Friedrich Nietzsche
Dumbledore
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"Era importante, dissera Dumbledore, lutar, e recomeçar a lutar, e continuar a lutar, porque somente assim o mal poderia ser acuado, embora jamais erradicado..."
ROWLING, J. K. In: Harry Potter e o enigma do Prícipe
"Meu segredo - a explicação de mim - jazia lá. Levei-me por demais a sério, é claro. O que isso importa para alguém como eu, então ou agora? Mas todo homem é importante para si mesmo em um ou outro momento; meu problema tinha sido o de reduzir a importância, a espalhá-la numa camada tão delgada quanto pude por mais de meio século. Graças à minha política de sepultamento, eu tinha entrado em acordo com a vida, tinha feito um trabalhoso - trabalhoso era a palavra - arranjo com ela, sob a única condição de que não deveria haver exumação alguma. Era verdade o que eu às vezes dissera a mim mesmo, que minhas melhores energias tinham sido empregadas no ofício de agente funerário? Se era, o que isso importava? Teria eu me saído melhor, com o conhecimento que tinha agora? Duvido; conhecimento pode significar poder, mas não elasticidade, desembaraço ou adaptabilidade à vida, menos ainda o é a instintiva condescendência pela natureza humana;aquelas eram qualidades que em 1900 eu possuía em
109 dias para terminar o ano Escrever é um vício de pessoas que não sabem se conter. É como (e de novo é o Pessoa) pensar a realidade em vez de sentí-la, em vez de vivê-la de fato. É como olhar ao redor em um dia pardo, quando as nuvens se monstram absurdamente brancas e o céu contrariamente negro, quando tudo parece tirado de fotos amareladas, em um tempo tão forte e inexpressivo, e não se aguentar até que se transfira em palavras a situação inenarrável, transformando tudo, salpicando adjetivos em seqüência e mostrando o que é de uma forma que lhe é estranha. É como quando se vê que se pode gostar de alguém, mas se sente que não basta só gostar, pois é preciso tapar cada vão da realidade, os espaços entre os olhares e o medo contido na respiração contida. É como ter todos a volta e saber que só o que lhe cabe bem é a solidão, o tamanho dos próprios lapsos, o desespero ante os próprios braços, e a cor baça que preenche a lacuna dos dias. Escrever é como o desespero de querer sentir a
Está frio, tempo propício para contemplações saudosistas e melancólicas que nos fazem cometer bobagens, como voltar a falar o que não deveria. Na verdade nem vou voltar, é só para eu me ler na tela, o que sempre me deixa mais feliz. Sobre o tempo que passou sem ser mencionado: As horas são muito inconvenientes, os olhos estão sempre um pouco inchados de sono, as idéias sempre confusas. A mente sempre adormecida. Ai! Eu de novo e "as-coisas-que-não-devem-ser-ditas". Paciência. De resto, a espectativa de que as 61 semanas que faltam para eu me formar se esgotem logo e que o frio transgressor da capital não estrague meu final de semana no litoral. E é só.
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