Domingo, Segunda e Segunda quase Terça

[Domingo] Passou na tv, pela milésima vez, o filme “O guarda-costas”, o que certamente me desviou do propósito de terminar o meu primeiro fichamento do semestre (sobre o Classicismo português). Não é, certamente, o que se possa chamar de bom filme: o roteiro é fraco, Kevin Costner faz o mesmo cara durão de todos seus filmes e Witney Huston, tirando o olhar muito sincero que dizia “vou comer este cara” que ela destinava ao Frank, personagem de Costner, é uma péssima atriz. Não obstante tudo isso que depõe contra o longa, eu o acho imensamente gracioso e, desde que o assisti pela primeire vez, há uns cinco ou seis anos atrás, não resisto, e toda vez que ele passa assisto novamente. É fabuloso ver Kevin pulando de um carro “quase” em movimento, para depois sair correndo no meio do mato, pular um muro e “quase” cair em cima de outro carro. Ou então bater em um sujeito duas vezes maior que ele sem levar um único murro na cara, atravessar uma multidão numa casa noturna e sair carregando a mocinha no colo, atirar facas e tomar suco de laranja com aquela cara de “nada me atinge”. Sem contar as cenas em que ele dança uma “lentinha”, em que ele leva um tiro pela Racheal e mata o vilão mesmo estando caído no chão e o grande final, no qual ela desce correndo do avião e eles se beijam (ele ainda com o braço na tipóia) ao som de “I will always love you”. É tão lindo que eu quase choro.... [Segunda-feira] Termino, parcialmente, o fichamento. Descubro que, felizmente em alguns casos e infelizmente em outros, certas pessoas estão mais próximas do que eu imaginava. Inicio meu curso de “Leitura de textos em alemão para filosofia e ciências sociais”. A professora, P., é uma graça. As aulas finalmente começam pra valer na graduação. A professora de Fonética e Fonologia do Português, M., é simpática porém parece uma professora de primário (se meus professores fossem homens...) As aulas de Língua Alemã I já começaram semana passada. M. H., die Lehrerin, também é muito graciosa, além de ser ótima – pelo menos ela faz caretas horrorosas para explicar aspectos da fonologia do idioma. É muito engraçado ver a cara de desespero dos outros alunos (e imaginar como deve estar a minha própria) quando ela desembesta em falar alemão com sua prosódia alucinantemente germânica. Até agora consigo entender o que ela diz, embora se eu tivesse que dizer não sairia nem um pouco parecido. O ruim vai ser carregar, três vezes por semana, os dois livros pesadíssimos de alemão. [Segunda quase terça] De novo a tormenta de pegar o Butantã USP lotadíssimo à noite. O ônibus estava tão cheio que mal andava. Se arrastava tão lentamente, que eu, mesmo sendo sedentária como sou, teria chegado antes caso tivesse ido a pé. Mas justamente por ser sedentária fiquei ali sentada, esperando que ele se arrastasse por todo o caminho. Já no Terminal Pq. Dom Pedro peguei um ônibus articulado e quase vomitei nos primeiros cinco minutos, porém como o veículo enooorme estava cheio fiquei com vergonha. Nunca mais pego um ônibus articulado.