Contantos

Contanto que vez ou outra você me olhe com ternura ou que afague sem motivos minha face assustada e cansada; contanto que você finja não enxergar meus grandes erros e não notar meus momentos de vergonha; contato que você você aceite a timidez dos meus olhares e a violência de minhas carícias; contanto que seu desprezo seja mentira e que seus outros amores sejam passado...
Contanto que você saiba que meu jeito acanhado é meu modo natural de ser, que meu corpo guarda tantas imperfeições e minha mente tantos vícios, que a arrogância é medo, que a timidez é desconforto e que a demência é constante...
Contanto que você não se afaste a primeira vez que eu lhe arranhar a face, e que perdoe toda vez que eu lhe expulsar do quarto, e que ouça quando eu estiver eufórica e que cale quando eu estiver calada e alheia...
Contanto que você viva segundo as regras do meu mundo, talvez a gente chegue a um acordo, e viva em paz. Quem sabe um dia a gente possa até amar...

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Memórias de mim

Lá e de volta outra (terceira) vez?

A arte dos fracos