Entre o Desespero e a Solidão

Às vezes me dói o fato de não te ter e de saber que sua distância não pode preencher os vãos da minha existência. Aperta-me o ser quando olho para o vazio e não consigo enxergar a imensidão do seu olhar maduro, a suavidade de sua pele ou a fluidez de seus movimentos.
Todos os dias me encontro só, só à hora das estrelas e aos cânticos de Morfeu, e de você tenho apenas a sensação do peso sobre os quadris e da pressão das mãos imaginárias...
Quanto ao tempo que não tenho, quanto às horas que não vivo, quanto às paredes pesadas de meu quarto... tudo prescinde à luz azul que trouxeste ao meu olhar castanho, mas a dor de meus olhos baços torna-se a cada dia mais insuperável, tão insuportável quanto a subida de minha escada vazia.

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