Uma vida em Davos-Platz


"Era inquietante sob todos os aspectos. Hans Castorp estava entusiasmado pelo encontro que acabava de ter, e ao mesmo tempo sentia qualquer coisa como um temor nascente, uma angústia semelhante àquela que lhe causava a sensação de estar preso na mesma cela com a quase-oportunidade favorável: também o fato de Pribislav, havia muito olvidado, vir-lhe ao encontro ali em cima, na pessoa de Mme. Chauchat, fitando-o com aqueles olhos quirguizes, também isso fazia com que Hans Castorp se sentisse preso em companhia do inevitável e do irremovível – irremovível num sentido venturoso e atemorizador. Era um fato auspicioso, mas ao mesmo tempo fatídico, apavorante mesmo, e o jovem Hans Castorp sentiu algo como uma necessidade de socorro. No seu íntimo operavam-se movimentos vagos e instintivos que poderíamos qualificar de olhares, tateios e gestos em busca de apoio, conselho e ajuda. Sucessivamente, pensou em diversas pessoas, das quais, talvez, lhe fosse útil recordar-se."

(Mann, Thomas. In: A montanha mágica – Der Zauberberg)

Comentários

Thalita disse…
Já que eu não tenho crédito no celular, te incomodo por aqui! :)

Ah, vontade de te ver sempre...maldita hora que eu optei pela lgca e não pelo alemão! haha =P Mas pelo menos no FAPS... é nóis! haha

quero que essa semana passe looogo!

saudade, beijo, beijo!
(a gente pode marcar uns cineminhas e uns passeios culturaizinhos nas férias, hein, hein?)
=*
D ... disse…
ui! MEDO!


eu tou com saudades =(
vc não me ama mais...

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