Do outro lado do muro

Os estados não se aplacam com a simples chegada de um inédito alvorecer, mas certamente ganham novos matizes, de relevância sutil porém significativa. Ontem foi um desses dias em que tudo ganha, de forma inesperada, senão propriamente uma graciosidade particular e inerente, pelo menos um colorido especial. Desisti de abandonar (pelo menos por hora) meu curso de alemão aos sábados, que tantas vezes me deixou tão iracunda. Ontem a aula foi muito boa para mim (senti uma sensível melhora de meu ouvido adormecido, que sempre se recusa a ouvir o que nunca foi ouvido antes, embora ele continue ignorando a existência do advérbio “auch” e confundindo “nicht” com “nie”. Mas isso um dia passa, assim espero. De qualquer forma fiquei muitíssimo feliz com meu singelo (e esse sim gracioso) progresso. * Fui com Rita, T. e sua prima, I., à Pinacoteca (P. e R. não puderam ir). Como sou uma pessoa muito antropofóbica gosto de passeios assim, resumido a poucas pessoas porém todas muito amigas, sem multidões enlouquecidas e pessoas passando por você de todos os lados e a todo momento. Assim como foi quarta-feira, dia 07, em que fomos, eu, Thalita e Andressa ao cinema. Fazia muito tempo que eu não conversava, pessoalmente, com Thalita, e estava me desintegrando de saudades. Também estava, como sempre, com saudades de Tia Andressa, embora a gente se fale com freqüência e passe tardes encantadoras falando besteiras e estudando semiótica (30 páginas em 10 minutos) uma na casa da outra. Assistimos ao longa “Perfume – a história de um assassino”. O filme é bizarro, para dizer o mínimo, não obstante a crítica o tenha classificado como “ótimo”. De qualquer forma valeu: adoro cinema, principalmente na companhia de duas amigas tão graciosas. * Enfim, o passeio de ontem foi muito bom: R. sempre me deixa chorar minhas lástimas (que são muitas e repetitivas) em seus ombros, não se importando com a minha infantilidade histérica de criatura de 18 anos. Também foi bom porque conheci H., seu amigo muito simpático e inteligente que faz Física lá na USP. Não posso falar de Física sem me lembrar que se não fosse Andressa sentar na minha frente durante as provas do terrível D. (meu professor desta nada acatalética matéria, que foi apelidado pelos alunos infames de “Careca Cabeludo”) eu ainda estaria no Ensino Médio! Outra utilidade de nossas andanças é que acho que descobri o que está me dando alergia: minhas comoções cutâneas estavam ausentes há quase duas semanas, porém hoje elas estão aqui, em minha cara. Como fomos comer esfiha de queijo, só pode ser alergia a queijo. Bem que poderia ser alérgica a pepino, tomate ou maçã. Mas não: tinha que ser justo alergia a queijo!

Comentários

Anônimo disse…
Andressa sabe física?! uhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!!!!!! Dali Andressa!!!
E chega de física...

Esta alcunha é a mais sutil...no fim do meu 3º, já o estavam chamando de 6 a quarta potência... isso porque (enumerando):
1º - Durval têm 6 letras;
2º - Física têm 6 letras;
3º - ele dá aula na sala 6, há muuuuuuuuuuito tempo;
4º - e ele deu aula pra gente durante 6 semestres...


KKK... pra piorar ele deu uma prova pra gente no dia 6/6/06... cuja matéria a ser questionada era C.E.U (Campo Elétrico Uniforme, eu acho)...

Depois de tudo isso só posso dizer uma coisa...

EU SOBREVIVI!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! :)

Aliás, NÓSSSSS!


Xau!!!!
Anônimo disse…
Alergia a queijo? Como é que você vai sobreviver agora?

Postagens mais visitadas deste blog

Memórias de mim

A arte dos fracos

Lá e de volta outra (terceira) vez?